segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Entre as Folhas: Desabafo de Produção, com Rayat Lyrians!

Creio que as almas que seguem meu blog já devem ter notado que estive "fora de área" por quase um mês. Bom, digamos resumidamente que tivemos séries de problemas durante o Entre as Folhas e por isso esta ausência gritante de minhas atividades blogueiras. Pois bem, pra vocês terem uma primeira ideia do que eu estou falando (rs), eis abaixo o desabafo da nossa Diretora de Produção Rayat Lyrians, que caiu de pára-quedas no cargo, teve de carregar o filme todo nas costas e ainda conseguiu tempo pra ser mais criativa na abordagem com a equipe!

Confesso que depois disso passei a ver o departamento da Produção com Outros Olhos... E ainda não entendo como não existe Oscar pra Direção de Produção!!!!

Enfim, tivemos muitos e muitos aprendizados com este filme, mas esses vão ficar para outro post.

domingo, 21 de novembro de 2010

Atriz Selecionada: Naí Oliveira

Adaptado do texto-base de Rayat Lyrians,
produtora e compositora no filme Entre as Folhas.


Com vocês, a nossa nova vítima!

E já está escolhida a protagonista do filme Entre as Folhas. Nossa loira que em breve se tornará ruiva, Naí Oliveira estuda teatro desde 2000. Dos 8 aos 13 anos cursou a Oficina de Teatro do Centro Juvenil de Artes Plásticas, onde apresentava espetáculos amadores. De 2003 a 2007, participou do grupo folclórico Boi Nitinho, com o qual apresentou-se em lugares como Festival de Inverno de Antonina (2004). Em 2007, participou do lançamento do livro Chloris Uma História de Resistencia, de Teresa Teixeira de Britto.



Atores do Espetáculo "De Pessoas para pessoas"

Em 2008, entrou para o Curso de do Teatro Cultura e apresentou a peça profissional “De Pessoas para pessoas”. Em 2010, atuou no curta-metragem “Cry On” (do diretor Renan Guedes) e protagonizou o videoclipe “Agora”, da banda Bogart.

No próximo episódio, vamos às locações!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

É "Nós na Tela", véio!

O convite abaixo foi mandado por Priscila Pacheco, ex-colega minha do curso Audiovisual do ano passado que no início deste ano foi merecidamente agraciada pelo Edital "Nós na Tela" com o documentário curta-metragem A Gente Não Quer Só Comida.

Além desse documentário também há um convite para um outro que foi contemplado pelo projeto "Minha Vila Filmo Eu", o interessante Vila das Torres 2014, que por coincidência teve a participação de um dos meus atuais colegas do curso de Áudio e Vídeo! O nome dele é Jean Belegante, conhecido por fazer as coisas explodirem com seus efeitos de edição, hehehe... É claro que nesse último doc ele é o responsável pelos efeitos especiais.
Sem mais delongas, àqueles que puderem, eis o convite abaixo. Certamente vale a pena conferir:

Casa da Videira e Olho Vivo

Convidam para a pré-estréia dos documentários curitibanos contemplados pelo Edital “Nós na Tela 2010″,realizados por jovens egressos de projetos sociais de audiovisual.

TERÇA-FEIRA, 16 de novembro, às 20h
Local: CINEMATECA DE CURITIBA,
Rua Rua Carlos Cavalcanti – Centro, 1174
Entrada Franca



A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA (15 min, 2010)
Direção: Priscila Pacheco/ Roteiro e Montagem: Thiago Couto
Realização: Projeto Nós na Tela - Casa da Videira

Em A gente não quer só comida convidamos o público a refletir sobre a importânciada arte como um dos fundamentos de formação humana. Em parceria com artistasconsagrados, 7 crianças são desafiadas a produzir uma peça teatral baseadanos poemas de Cecília Meireles. O processo vivo do exercício criativo revela que a arte,mesmo feita com simplicidade, é capaz de gerar profundas transformações.




VILA DAS TORRES 2014 (15 min, 2010)
Direção: Willian Coutinho Duarte, Lúcia Pego dos Santos, Marta Pego dos Santos e Bruno MancusoRealização: Minha Vila Filmo Eu - Olho Vivo

O documentário “Vila das Torres 2014″ é um bate-bola bem humorado em torno do mega evento midiatico, a “Copa do Mundo de Futebol de 2014″visto a partir do ponto de vista de moradores da Vila das Torres, uma comunidade carente situada na região central de Curitiba.Como a Vila das Torres é vista entre os pontos turísticos de Curitiba? A Copa do Mundo trará algum benefício para esta comunidade? Como os moradores da Vila das Torres podem se organizar para fazer parte deste jogo?A partida já começou, vista as chuteiras e bola pra frente!


APOIO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aberta a Temporada de Caça a Atrizes!!!

E começam os testes de elenco para o curta-metragem Entre as Folhas!!
As interessadas poderão fazer o teste nesta quinta-feira(11/11) ou no sábado(13/11). Segue abaixo o cartaz com mais informações.

Blog do Filme: http://entreasfolhas.blogspot.com

domingo, 7 de novembro de 2010

Vincent - de Tim Burton

O primeiro e ótimo trabalho em stop-motion de Tim Burton, conta a história de um garoto que queria ser Vincent Price. E a narração é do próprio Vincent Price!




Bons tempos em que os personagens do cineasta não faziam nenhuma "dança maluca" no final do filme...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Entre as Folhas

.o mar

O roteiro do filme Entre as Folhas é uma adaptação totalmente livre de um trecho do conto de Rubem Alves, "O Retorno Eterno". O poema de Rubem tinha um título, mas propositalmente este não nos foi revelado. Também tinha alguns versos a mais, que foram cortados. Segue abaixo o que ficou:

"Leia este poema vem devagar,

pois cada imagem

merece a preguiça do olhar:

No mistério do Sem-Fim;

equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,

e, no jardim um canteiro:

no canteiro, uma violeta,

entre o planeta e o Sem-fim,

A asa de uma borboleta.


É pequeno, mas diz tudo.

Nada lhe falta. Uni-verso.

Nenhuma palavra lhe

Poderia ser tirada.

Assim se faz um poema,

Com palavras essenciais.

O poema diz o essencial.

O essencial é aquilo que,

Se nos fosse roubado,

Morreríamos.

O que não pode ser esquecido.

Substância do nosso corpo

e da nossa alma."

(Rubem Alves, in “O Retorno e Terno”)


Ispirados (apenas inspirados, não baseados) no poema e (aí, sim) baseados em suas vivências pessoais, cada aluno deveria fazer um roteiro para vídeo (máx. 5min de duração) e um deles seria escolhido para ser produzido pela turma toda.

Assim que a professora informou o fato de usar os elementos do poema não literalmente, mas como metáforas de alguma outra coisa, pus-me a pensar. Logo que terminei minha leitura a imagem de uma garota ruiva boiando numa lagoa me veio à mente e com ela fiquei - seria minha borboleta.

Depois dela, o elemento que mais poderia se tornar clichê: o Infinito. Como não imaginar o céu? Preferi complementar: porquê não imaginar dois infinitos? Céu e mar... O planeta, uma praia.

Não vou avançar contando sobre todas as outras cenas que fui imaginando separadamente para depois juntar numa narrativa e dar, por fim, um sentido.

Me deterei ao mar, título-mor dessa postagem: sempre o comparei à vida, tão imenso e misterioso, imprevisível, surpreendente. Uma imensidão da qual não se vê o fim.

Mas poucos dias após ter meu roteiro escolhido, descobri que a maneira com que eu havia retratado o mar naquela narrativa dava total abertura a interpretações completamente diferentes: nossa professora via o mar como a morte. Outra coisa tão incerta e tão devastadora como a vida. Na visão dela, minha protagonista terminara olhando para o mar porque certamente morrera.

Incrível como uma única coisa pode ser vista de maneiras tão opostas. O fato é que fazia sentido, e muito. Assim como a morte, o mar pode ser uma força devastadora que de uma hora pra outra leva embora tudo o que estiver perto e aquilo nunca mais retornará.

Realmente, em minha história o mar pode realmente representar a morte. Ele destruiu as paredes do quarto, levou os livros, os remédios, a cama, tudo foi carregado para o inalcansável fundo dos oceanos...

Exceto a garota.

Se há uma maneira de crer que aquela cena final indique que Pérola morreu, não é por meio de mitologias ou por causa do mar - isso dependerá do que você entende por morte.

Naquele mesmo dia, nossa professora ministrou uma palestra sobre "A jornada do Herói", uma teoria junguiana usada na construção de personagens para um roteiro. O passo final da jornada seria exatamente a "morte" do herói em seu velho mundo para que ele pudesse "nascer" em um mundo novo.

No filme vemos um "mundo" que é destruído pelas águas. Ao invés de morrer para aquele mundo, Pérola quase escolheu morrer com aquele mundo...

Quase. E o que a impediu?

Você vai ter que esperar pra assistir ;)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IFPR Produção em Áudio e Vídeo

E com vocês, o Vídeo Institucional do nosso curso! Após aulas e aulas de trabalho duro, acordar cedo, planejar, escrever, filmar, comer, brigar, chutar, bater, xingar, chacoalhar, discutir, confundir, não se entender, se desencontrar, dar três pulinhos e chamar a mãe, finalmente acabou.


Este vídeo é o primeiro de muuuitos trabalhos que envolverão a turma toda. Apenas aguardem os próximos episódios... >P

sábado, 16 de outubro de 2010

Cinema Digital e Animação: Paulo Munhoz no Centro Europeu


Paulo Munhoz e o famoso papelzinho transparente da Animação 2D tradicional



Como está o Brasil, no quesito Animação? Pergunta à qual me fiz no início deste ano, cuja resposta veio a cavalo através dos eventos dos quais participei desde então, incluindo uma conversa com o roteirista Almir Correia. Nesta sexta-feira (15/10), o cineasta Paulo Munhoz misnistrou uma Master Class aberta ao público na sede do Centro Europeu.

Paulo Munhoz, formado em Engenharia Mecânica, pós-graduado em Computação Gráfica, mestrado em Tecnologia e Interação. Vice-presidente da AVEC/PR (Associação de Vídeo e Cinema do Paraná), cineasta premiado e conhecido pelo longa-metragem de animação BRichos e pelos dois curtas O Poeta, mais o intelingentíssimo PAX. E ele não começou sua aula falando propriamente sobre Cinema de Animação, mas sobre o próprio conceito do que é Animação, aniquilando logo aquela velha definição boba de "desenhinho pra criança".


Pense conosco: quando um técnico elabora uma simulação de crime, que tipo de mídia é a simulação? E os projetos de Engenharia Civil, Aeronáutica... Tudo isso é animação!


Nas palavras do próprio ministrante, a Animação sempre foi visto como o "patinho feio" do Cinema, aquele que os bam-bam-bans cinematográficos sempre desprezaram, muitas vezes dizendo que um filme animado não é Cinema.


Mas e quanto ao filme Avatar? Uma das maiores bilheterias de todos os tempos, sucesso no mundo inteiro. Alguém se arrisca a dizer que aquele filme seria o mesmo se não fosse pelas animações 3D que compõem 100% dos cenários de Pandora? É claro que não e o motivo é óbvio: Avatar é um filme de Animação por excelência.




Cena do curta "PAX", de Paulo Munhoz

Depois de barrado ao pedir emprego numa emissora de rádio, e simplesmente humilhado ao tentar participar de um Núcleo de Cinema em Super 8, Paulo Munhoz teve finalmente a sua primeira "imersão" no mundo do cinema durante uma Semana de Seminários e Palestras sobre a Animação no Canadá, onde conheceu o trabalho de Norman McLaren. "Aquilo foi um vírus injetado na minha cabeça", conta. Pouco depois, resolveu entrar no mundo do cinema e começou como autodidata, lendo todos os pouquíssimos livros sobre cinema que encontrava nas bibliotecas daquela época.


Uma de suas primeiras empreitadas na Sétima Arte foi o que ele chamou de uma "co-produção internacional de pobres", feita com um amigo que possuia uma pequena produtora no Canadá. Ele conta que, no roteiro, era necessária uma cena de incêndio em uma fábrica e, por isso, os dois haviam desistido de gravar o filme - quando, num dia qualquer, ele atende um telefonema de seu amigo que, eufórico, conta que houve um incêndio numa fábrica de plásticos próxima à casa dele e que tudo fora filmado. E assim, por obra do acaso o filme pôde sair do papel.






BRICHOS



Primeiro longa-metragem de animação do Paraná, BRichos veio de uma crítica ao terrível "internacionalismo" brasileiro: Matte Leão é um produto brasileiro representado por um animal africano, Antártica tem dois pinguins desenhados em sua logo, e a Sadia é possui um peru; sendo que a fauna brasileira é a mais diversificada do planeta! Inspirado nessa crítica, Paulo Munhoz cria todo um universo de personagens 100% brasileiros, vivendo problemas e situações comuns a todos nós, inclusive a própria questão das crianças que, desde cedo, aprendem que "o que vem de fora é sempre melhor do que o que é daqui".

Uma crítica inteligente feita de uma maneira criativa, outro dom mal-explorado do brasileiro. O filme BRichos em breve terá uma continuação, que carrega o subtítulo "A Floresta é Nossa" e, segundo Paulo, dessa vez sairá da Vila dos Brichos para alcançar um âmbito mais global - mas isso sem desvalorizar o que nós temos aqui, pois nosso protagonista Tales (que também é o nome do filho de Paulo Munhoz) e seus amigos são e sempre serão brasileiros. O filme tem data de estreia para Setembro de 2011, mas mostrar um posterzinho não faz mal a ninguém...

Além disso, Munhoz também falou sobre a ignorância de psicólogos em subestimar a capacidade cognitiva das crianças, que podem entender e aprender mais do que imaginamos. Ele deu como exemplo o interesse que seu filho, com poucos meses de vida, teve ao ver um documentário sobre vôo de pássaros.

"Uma criança não precisa ver um monte de bolas alegres com cores vibrantes saltitando pra se interessar e aprender com aquilo. É o movimento, e não a cor, que realmente interessa à criança".

Outro assunto foi a respeito do que se considera como "interativo" nos dias de hoje, ou seja, jogos, sites e menus de internet no geral, medindo a interatividade pelo número de cliques que se dá com o mouse. Mas como dizer que não há interação entre um leitor e seu livro? Interatividade verdadeira deveria se medir pela capacidade que o receptor tem de aproveitar para sua realidade o que se passa do lado de dentro da tela - e isso certamente acabaria com elogios a jogos cheios de cliques e sem nenhum conteúdo.

Finalizando, é óbvio que na master class também ouvimos dicas para futuros trabalhos, como ter um bom planejamento - não apenas uma boa idéia - começar um filme pelas cenas menos importantes (pra pegar experiência e ir evoluindo o traço até chegar nas cenas-chave), ter sempre um espelho à mão na hora de animar (pra facilitar o estudo de expressões e movimentos) e um cronômetro, além do fato já conhecido de que fazer um filme de Animação muitas vezes é mais caro e SEMPRE é mais demorado do que fazer Cinema filmado.

A Animação é a avó do Cinema, que infelizmente foi jogada num azilo e que agora está voltando à ativa através de renovações como efeitos especiais e o 3D. Mas a boa e velha técnica 2D é algo que não morre, pois independente de quantos digam que o Cinema caminha em direção da realidade, e que o 3D agora nos possibilita fazer tudo, sempre haverá pessoas de braços abertos pra sair da rotina e viajar por essa realidade contornada.

Vide o sucesso das HQs.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

CYRK - Show Musical com o Trio Quintina


A turma de Produção em Áudio e Vídeo do Instituto Federal do Paraná teve, no dia 7 de Outubro, a honra de assistir à pré-estreia do espetáculo musical CYRK, realizado pelo Trio Quintina.

"Promovido pelo Núcleo Produções Cultura e Desenvolvimento, em parceria com o grupo musical Trio Quintina, de 07 a 17 de outubro de 2010 será exibido o espetáculo O Circo Musical do Trio Quintina no Teatro Paiol. Trabalho contemplado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, CYRK (circo em polonês) apresenta canções inéditas e de grandes mestres da MPB inspiradas na temática Circense."






"O trio, composto por Gabriel Schwartz (flauta, flautim, sax sopranino, bateria e voz), Gustavo Schwartz (guitarra, cavaco, bateria, pandeiro e voz) e Fabiano Silveira, o Tiziu (violão de sete cordas e voz) recebe os convidados João Gomes (baixo acústico) e Yamba Daher (performer circense). Marcio Abreu, da Companhia Brasileira de Teatro, assina a direção cênica do show. O grupo apresenta composições inéditas feitas especialmente para este espetáculo, além de releituras de canções inspiradas no universo circence como 'Piruetas' e 'História de Uma Gata', de Chico Buarque, 'Gargalhada', de Pixinguinha, e 'Bicicleta', de Toquinho e Mutinho. "

(fontes: redação da Gazeta do Povo e professora Cynthia Schneider, coordenadora do Núcleo de Cinema Digital e Vídeo)

Onde: Teatro Paiol

Quando:
08/10/2010, às 21h - 09/10/2010, às 21h
10/10/2010, às 17h - 15/10/2010, às 21h
16/10/2010, às 21h - 17/10/2010, às 17h

Preço: R$ 12 (½ entrada: R$ 6)

Minha opinião? Imperdível. Abaixo, uma "palhinha" em vídeos pra sentir o gostinho:



sábado, 2 de outubro de 2010

CAMPANHA

Extraída de um e-mail que recebi no último ano eleitoral. É sempre bom pra lembrar... E refletir um pouco, também.

"Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com um anjo na entrada.

-Bem-vindo ao Paraíso! - diz o anjo - Mas antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-Não vejo problema, é só me deixar entrar, diz o antigo senador.

-Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

-Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso - diz o senador.

-Desculpe, mas temos as nossas regras.

Assim, o anjo o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.

Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. O anjo está esperando por ele.

– Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e o anjo retorna.
– E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.

Ele pensa um minuto e responde:
– Olha, eu nunca pensei... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.

Então o anjo o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Todos os seus amigos vestem roupas rasgadas e sujas, e estão catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

– Não estou entendendo, – gagueja o senador – Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

– Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto."



A todos uma boa Eleição!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Até onde vai a sua Coragem?

Tive um sonho estranho esta noite e acho que a história é interessante para se refletir. Entretanto, por motivos de ética terei de substituir a instituição "religiosa" que me foi mostrada como ditatorial no sonho por uma sigla fictícia, para evitar qualquer complicação. Algumas partes do sonho não são muito importantes para a conclusão final, mas como não gosto de picotar experiências, narrarei a história inteira. Dada a devida introdução, vamos ao sonho:

Entrávamos de carro em uma cidade estranha, um misto de Florianópolis, Rio de Janeiro (eu nunca estive no Rio) e algo mais cinzento, com muito concreto, talvez Curitiba. Era dia e o tempo estava um pouco nublado. Parecia ser natal, pois havia bonecos infláveis de papai-noel por boa parte da cidade e de todos os tamanhos - desde os do tamanho de um travesseiro até alguns gigantes, que foram vistos apenas de longe e pareciam andar sozinhos. Havia em todos os lugares placas com o símbulo e a sigla da "X.Y.Z." e logo soubemos que era ela quem governava ali.

Depois, o sonho pula para um momento em que estou sobrevoando a cidade - segurada em duas folhas de papel minúsculas que, quando juntas em forma de asinhas de avião, me proporcionam capacidade de planar. Aterriso pela janela de um apartamento, em um prédio relativamente alto. Entro no quarto para procurar algo. Algo que a "X.Y.Z." não quer que eu encontre. É quando uma menininha de uns 9 anos que olhava pela janela do prédio vizinho me percebe e grita algo para alguém. Não me lembro do que ela disse, mas sei que fui descoberta.

Rapidamente uno as asas de papel e desço dali planando rápido pela escadaria, saio por uma janela e pego carona em uma corrente de vento para subir e acelerar. Em poucos minutos, já estou no prédio onde havia conseguido hospedagem. É um lugar um tanto humilde, com pessoas que também tem aparência humilde. Não sei dizer quantas e quais dessas pessoas são minhas aliadas, mas me surpreendo ao ver aquela menininha entre eles, e principalmente por não saber como ela chegou lá tão rápido.

Há um computador no apartamento onde estou, um pouco antigo. Sento-me nele e começo a digitar - acho que estou mandando uma mensagem a alguém - mas a menina se senta ao meu lado e começa a escrever algo no meio da minha mensagem. Tento apagar com o 'backspace' enquanto ela digita, mas o botão simplesmente não funciona. Assim que ela termina, se afasta e fica me encarando. Me aproximo então, para ler o que ela escreveu. Apesar de saber bem o significado geral da mensagem, não me lembro exatamente das palavras como foi escrito, exceto a primeira, que dá início a uma enumeração: "escalpelados, ..." e seguem depois umas outras palavrinhas relacionadas a métodos de tortura, indicando o que acontecia com quem era contrário à "X.Y.Z.".
O sonho termina, acordo pensativa.

Às vezes nos achamos tão corajosos, dizemos que faríamos tudo para servir aos propósitos de Deus e lutaríamos até o fim por Ele, mas não costumamos medir nossas palavras a exemplos práticos. É na hora do "vamos ver" que descobriremos a nós mesmos até onde vai a nossa coragem, e a partir de onde começa o nosso medo.

Eu sempre fui do tipo "Não tenho medo de ninguém! Vou lutar até o fim, ninguém vai me impedir!". Nunca fui boa em medir minhas palavras, independente de quem fosse meu interlocutor. Sempre me considerei como alguém que não teme as consequências quando faz algo certo. Em teoria, sempre fui corajosa.

Mas confesso que gelei quando li as ameaças na tela do computador.
E aquilo era só um sonho.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Igreja, o Cristão e as Eleições - Pr. Valdo Fonseca

"Dia 03 de Outubro os brasileiros que têm direito a voto irão às urnas para elegerem seus representantes na gestão dos Estados e do País. Nessa época sempre surgem muitas dúvidas sobre o papel do cristão e da igreja no processo político, abaixo faço algumas considerações sobre o assunto.


O papel da igreja na questão política é educar, conscientizar sem falhar com a ética e com a verdade, mostrar a importância da participação política do cristão e do voto consciente para o bem estar da sociedade. Sem esquecer que 'Igreja e Estado são instituições distintas e autônomas entre si. Éinadmissível que, em nome da religião, cidadãos livres sofram pressões ideológicas. Assim como é deplorável que os religiosos livres sofram pressões ideológicas perpetradas pelo Estado. É incoerente que um Estado de Direito tenha feriados santos, expressões religiosas gravadas em suas cédulas de dinheiro, espaços e recursos públicos loteados entre segmentos religiosos institucionais. É uma vergonha que líderes espirituais emprestem sua credibilidade em questão de fé para servir aos interesses efêmeros e dúbios (em termos de postulados ideológicos e valores morais) da política eleitoral ou eleitoreira.' (pr. Ed René Kivitz)

Apesar do princípio da separação entre igreja e Estado, a igreja em sua missão profética no mundo não pode se omitir diante do pecado, e sim denunciá-lo onde quer que ele esteja e de qualquer tipo. Mesmo que em determinados momentos isto coloque em risco a cabeça de seus líderes, como aconteceu com João Batista e com muitos cristãos ao longo da história do cristianismo. Cabe à igreja denunciar com isenção ideológica, condenar o pecado dos pobres, mas também dos ricos e dos poderosos. Em sua missão profética militar em favor da justiça, sem assumir postura político-partidária contra ou a favor do governo, seja ele qual for. Também faz parte da missão profética da igreja colaborar com o Estado naquilo que faz de bom, que promove a igualdade, estabelece a paz, traz prosperidade e justiça social.

Quanto ao voto do cristão como cidadão de duas pátrias: a terrena e a celestial, nunca pode abrir mão dos valores e princípios do Reino de Deus, em toda a maneira de viver, inclusive quando comparece às urnas eleitorais. O cristão não deve abrir mão desse direito inalienável de votar em seus representantes. Política não é coisa do diabo, o que é satânico é a politicagem. Homens de Deus como José do Egito e Daniel também foram políticos. Por achar que política não é de Deus é que estamos deixando um espaço vazio ocupado por pessoas que não temem ao Senhor, sem compromisso com os princípios éticos cristãos. O voto consciente é o mínimo de envolvimento político de um cristão. Nunca esqueça que decisões do governo sejam a que nível for afetam a todos, inclusive a igreja.

Deus é um Deus de justiça e não admite a corrupção, inclusive a do voto, seja através da troca por benefícios pessoais, seja votando em candidatos só por causa da persuasão da propaganda política que faz, ou porque se diz evangélico sem que saiba como é seu testemunho cristão e seu compromisso com Cristo e com a igreja. Outra forma de corromper o voto é votar por causa da aparência física ou por afinidade pessoal sem levar em conta a ideologia, o histórico de vida e as propostas do candidato. O cristão não pode deixar que ninguém (inclusive seus líderes espirituais) manipule sua consciência e consequentemente o seu voto.

Por fim, pense bem antes de votar num candidato só porque se diz evangélico, sobre esse assunto concordo plenamente com o pr. Israel de Azevedo, quando fala do perfil com o minímo de características aceitáveis para um candidato a um mandado político de cidadão que se apresenta como cristão evangélico:

'O mínimo e o máximo são integridade e competência. Íntegro é o político que não visa, com sua postulação e participação, o benefício próprio, de sua família e/ou de seu grupo. Íntegro é o político crente que admite que pecado é pecado, não importa o foro em que é cometido. Mentira é mentira, roubo é roubo, por exemplo. Ele não precisa de um decreto que lhe proíba contratar um parente. Um político não vende a sua alma para se eleger ou reeleger. Competente é o político que tem um ideal, com uma agenda bem preparada e organizada, e percebe meios de realizar esta paixão. O político competente conhece o mundo real, inclusive o mundo da política, essa arte do possível. O político competente, conhece a sua cidade, seu estado, seu país e tem soluções para os seus principais problemas. O político competente pensa a longo prazo.'


Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus.
I Co 10:31

Tenhamos uma semana abençoada!"

Pr. Valdo Fonseca de Oliveira
Igreja Batista do Cajuru

Avatar e a hipnose do 3D

=( obs: postagem com conteúdo spoiler. Se você não viu o filme e não quer saber o final, assista e depois leia o textinho =)



Esse post está um pouquinho bem atrasado, mas já que o filme Avatar agora terá reexibição nos cinemas (pra poder se autoproclamar o superhipermegapower insuperável mais assistido de todos os tempos), vou aproveitar pra escrever sobre O Fenômeno - que não é nem o Ronaldo, e nem o filme do Travolta, mas sim a incrível tecnologia que até agora só esse filme tem: o 3D de verdade.

Sim, de verdade, porque os outros lançamentos até agora (Alices, Toy Storys, Shreckes, Origens e Dragões da vida) foram gravados em 2D e "convertidos" ao 3D, ou seja se você não viu Avatar e até agora não entende o porquê do fusuê que se fez agora em torno de uma tecnologia que já existia nos tempos de Hitchcock, não se preocupe. Apenas o filme dos bichinhos azuis usou de fato essa tecnologia que imita o olho humano, conseguindo assim a proeza de colocar a platéia em absoluto transe hipnótico por incríveis quase três horas.

Em transe hipnótico? Por quê? Além dos aspectos teológicos que NÃO DISCUTIREI neste post, seria praticamente impossível a um bom cinéfilo aguentar um filme com roteiro, diálogos e triiilha sonora tão insossos e clichês por tanto tempo sem querer sair da sala e pedir o dinheiro de volta, se não fosse pela fenomenal tecnologia empregada nessa obra. Avatar é por excelência um filme de pós-produção. Isso, e as câmeras bi-oculares de James Cameron, responsáveis pelo efeito 3D.

Em termos de roteiro, Avatar é um Dança com Lobos ao estilo Matrix - como diria Pablo Villaça, que infelizmente também foi hipnotizado pelo alucinógeno das flores fosforescentes - contando a história de um veterano de guerra que vai ao planeta Pandora e se infiltra entre os nativos, vestindo uma carcaça transgênica de Na'Vi, na intenção de estudá-los e descobrir seus pontos fracos para facilitar o ataque do general malvadão com a cicatriz à la Scar. Entretanto, como era de se esperar, nosso bondoso herói se apaixona pelo estilo de vida dos Na'Vi - e também pela mocinha azul que de tanto odiá-lo vira professora dele e se apaixona também - e resolve se rebelar contra o general malvadão cicatrizado.

Isso clareou o conceito de clichê pra você? Avatar tem a fórmula completa do clichê que o povo não cansa de assistir: um herói que muda de lado, uma mocinha forte e sensual, uma nação pura correndo o risco de ser extinto, uma lenda de um herói, uma fera feroz (puts redundância) que só é domada pelo mais bravo guerreiro, um bandido com uma marca no rosto, um covarde ganancioso em busca dos tesouros dos nativos (isso não lembrou Pocahontas também?), uma equipe de nerds ambientalistas que são zoados pelos burros militares, mas que ajudam o mocinho provando que inteligência supera força (ai ninguém nunca viu isso, né?), uma guerra épica antecedida pela reunião de povos de todo o planeta Pandora, preparados para ajudar nossos heróis, e uma reviravolta espetacular e sobrenatural no terceiro ato. Isso sem falar do básico momento de desespero, quando a coisa fica preta pros azuisinhos e a culpa vai pro herói: "nós confiamos em você"," você nos traiu", "você é um deles" e poraí vai.

José Wilker acertou na mosca quando disse que Avatar "engana bem", pois é bem isso que o filme traz. E se alguém for falar da questão ecológica desse filme, basta lembrar da animação Wall-E e de outras dezenas de filmes nas últimas décadas que trataram melhor da questão do que esse filme.

Enfim, após ver esse filme ser descascado, moído, triturado e pisoteado apenas nos aspectos cinematográficos, espero que você consiga ter uma visão um pouco mais exigente da próxima vez que for ao cinema para ver um filme rodado em 3D real, porque além da dor de cabeça que causa em alguns, essa tecnologia é um alucinógeno poderoso pra atrair ma$$as e espantar análises críticas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Charles Chaplin - Tempos Modernos


Como não sorrir perante uma piada tão inocente? Como não se cativar com a história e os dramas de um personagem tão simpático, tão simples, humilde, sonhador... E tão real.
Charles Chaplin, nascido em um subúrbio de Londres, há mais de um século atrás. Um menino que deu seu primeiro show num palco de teatro aos cinco anos de idade. Um garoto que chegou a passar fome por sua pobreza, viu sua mãe ser internada em um sanatório, foi colocado e expulso de vários orfanatos.

Um rapaz que de pobre maltrapilho se tornou um dos maiores nomes da história do Cinema e da Humanidade. Seus filmes não eram simples comédias, eram dramas e histórias de uma vida real, tratando de pessoas que passavam por problemas e adversidades comuns a muitos de nós, mas que mesmo com tantas desilusões continuavam seguindo em frente, com força, esperança... E um sorriso em seu rosto.

Essa é a grande lição do personagem Carlitos, um "vagabundo" que nunca consegue se dar bem num emprego, um homem simples que faz o possível para ajudar os que estão ao seu redor. Um homem que ri, chora, enlouquece, se atrapalha, cai e se levanta. E é essa a simplicidade que o eternizou. Chaplin conseguia causar em seu público as emoções mais genuínas e belas sem dizer sequer uma palavra. Mas ao abrir sua boca, o cineasta criava os discursos mais poéticos, as frases mais belas e as canções mais genuínas. Tempos Modernos foi seu primeiro filme sonoro. "Smile" surge sutilmente como melodia deste filme. É a canção que melhor traduz todos os filmes de Charles Chaplin, que acima de tudo transmite esperança.


Smile,
Though your heart is aching
Smile,
Even though it’s breaking
When there are clouds in the sky
You’ll get by

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You’ll find that life is still worthwhile
If you just

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear maybe ever so near
That’s the time you must keep on trying
Smile,
What’s the use of crying
You’ll find that life is still worthwhile
If you just

Smile,
Though your heart is aching
Smile,
Even though it’s breakin’
When there are clouds in the sky
You’ll get by

If you smile
Through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You’ll find that life is still worthwhile
If you just smile

That’s the time
You must keep on trying
Smile,
What’s the use of crying
You’ll find that life is still worthwhile
If you just smile


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
(Charles Chaplin)

Poemas do curta "Desvanecer"

Estes são trechos de poema feitos para compor meu 1º roteiro individual original, do filme Desvanecer. Acompanha abaixo uma imagem na qual me baseei para compor o 1º trecho.

Sinopse do filme: Oliver é um fotógrafo free-lancer recalcado que faz videocasts de banalidades em seu blog. Não sabe nada sobre literatura, mas é contratado por um jornal para fotografar o lançamento de um livro da famosa e arrogante escritora-jornalista Camille Castillo. Oliver se apaixona por ela, mas ela simplesmente o ignora. No dia seguinte, ele vai à livraria Kafka para comprar o livro e encontra um diário em branco perdido no chão, com o nome de Camille escrito na capa. Quando chega em casa, descobre que o dia-a-dia da mulher surge escrito misteriosamente nas páginas desse diário, narrado em primeira pessoa. A partir daí, todos os dias ele tenta causar uma boa impressão a Camille e conquistá-la, mas no final de cada dia ele abre o diário e descobre que piorou ainda mais a situação.

Todos os poemas são de autoria minha, mas totalmente baseados nos sentimentos e vivências da personagem Camille Castillo.


"Um canto que não se ouve mais
De um tempo que eu já esquecera
A dor da perda retorna a mim
Minha criança interna morrera."



"Ele rugiu pra esconder o choro
Fincou os pés pra não cair no chão
Cobriu de espinhos sua carcaça mole
Chamou de força sua solidão.

Fechou os olhos, tentou esquecer
Trancou os ouvidos pra não se render
À melodia de que tanto foge
Melodia de amor e de morte."

Acredite ou não, essa história é pra ser uma comédia romântica.
Como? Você vai ter que esperar pra ver ;)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Trabalhindo Audiovisual: QUEM FOI NIÈPCE?

Nièpce, o papai da Fotografia e consequentemente precursor do Cinema, se reviraria no túmulo se soubesse o que andam fazendo com ele hoje em dia...

Com vocês, o primeiro videozinho abestalhado da primeiríssima turma de Produção em Áudio e Vídeo do Instituto Federal do Paraná!

::CRONOPHOTO::




e o Making-of...

sábado, 26 de junho de 2010

Filosofia Maconheira

Finais de 2007, tarde quente, uma estagiária desocupada
no laboratório de informática de uma escola pública:
Não precisei de maconha nenhuma, o sol já torrava os miolos.

Sinceramente,
A vida é assim:
bagunça sem fim.

Quem discorda,
prove o contrário
Nesse exato horário.

Acha que a rima tá fraca?
Faz melhor, rapaz
e depois me deixa em paz.

Quer um conselho?
Não deixa o tempo correr:
quem só espera, só pode perder...

Quer uma dica?
Não dorme no ponto:
vai acordar cheio de agulhas e tonto.

Olha, cansei:
Viver pro trabalho
é coisa de otário.

A vida é pra curtir...
Mas não se curte ficando à toa:
Enfrenta a vida! A vida é boa.

A vida é pra viver
A Filosofia do existir
Não é pra pensar, é pra sentir, é pra agir.

E tua vida quem faz é você,
Tá ligado? Não?
Então pára de fumar baseado!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Refletindo Sobre o Tempo

Esse poema foi escrito no início do ano passado.
Lembro-me bem do contexto.
E continuo concordando totalmente com o que escrevi.

O tempo cicatriza feridas,
mas não quer dizer que algumas delas não deixarão marcas eternas.

Há pessoas que tentam se esconder atrás do tempo,
acham que ele só faz esquecer, mofando os baús e criando teias.
Mas o tempo não é um esconderijo
e tampouco só uma fonte de podridão.
Do mesmo galho que caiu uma folha seca, nascerá um broto novo.
E independente do quão profundo esteja enterrada uma semente,
com o tempo ela sairá debaixo da terra.

O tempo seca os rios,
floresce desertos,
desmancha montanhas.
E como tudo ao nosso redor,
podemos decidir o que fazer com ele.

O tempo que amolece o coração de uns
é o mesmo que endurece de outros.

Há os que correm atrás do tempo,
há os que tentam fugir dele
(ambos são fracassados,
porque o tempo não pára
e nem volta atrás)

Alguns vêem num passado triste a origem de todas as suas desgraças;
outros vêem no mesmo passado a fonte da sua força:
Eles não aprendem a simplesmente conviver com suas cicatrizes,
mas a tirar proveito das grandes lições que vieram com essas marcas.
(As Chagas de Cristo são o exemplo perfeito:
o sofrimento dEle não foi em vão,
Suas Marcas não são demonstração de dor,
mas de Amor, de superação.)

Mas passado é passado.

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente."
Soren Kierkegaard

Enfim, resumindo:
o tempo é um ótimo professor,
se o aluno quiser aprender.

sábado, 19 de junho de 2010

"O dedo aponta para o céu, e o idiota olha para o dedo."
(do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain)

Hoje vi uma borboleta azul-roial passeando pelo muro dum sobrado. Parei para admirá-la a planar com suas asas tão belas refletindo a luz do sol. Quando me virei, percebi que dois velhos olhavam pra mim, parados, sem entender. Depois que a borboleta saiu dali, voltei a andar. Virei-me para trás novamente, só pra confirmar: os dois velhos fitavam curiosos o muro do sobrado.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

VOLTAS - 2009

Aos que quiserem ver, eis aqui a loucura feita pela turma de Produção AudioVisual do CEP em 2009, da qual participei apaixonadamente, apesar dos pesares...






Mais sobre os bastidores deste filme em http://voltas.blogspot.com/

A alegria dos porcos capitalistas: Reflexões solitárias do final de um dia que nada acrescentou em minha vida

Esse poema foi escrito ano passado, na época da gripe suína.
O sol brilhava, os pássaros a cantar, e eu enclausurada em minha casa, sem aula à noite e nada pra fazer...
Naquele tempo, o decreto só fechava instituições de ensino, ou seja, shoppings e mercados estavam abertos.
A raiva transpassou nitidamente:

Hoje:
céu de praia.
azul.
nuvens finas.
dia lindo.
isso se desse pra aproveitar.
não passei do portão de casa.

Dor no peito:
angústia.
mais sete dias de espera.
tédio.
ansiedade.
solidão.
saudade...

Os shoppigs:
abertos.
e os colégios fechados.
qual enche mais?
ou qual rende mais...

Esvaziam-se as salas,
enchem-se os cofres,
porquinhos nervosos,
$audávei$ e gordos.

E nós:
enfermos,
dormindo.
sós,
assistindo.
inquietos,
consumindo.

E o vírus:
quietinho.
esperando esfriar.

E nós?
também.
deixando o tempo passar...

O dia vai acabar
Nada disso muda nada
Mais sete dias de espera
Uma semana sem sentido
Atirando ao vento pedras.