segunda-feira, 21 de junho de 2010

Refletindo Sobre o Tempo

Esse poema foi escrito no início do ano passado.
Lembro-me bem do contexto.
E continuo concordando totalmente com o que escrevi.

O tempo cicatriza feridas,
mas não quer dizer que algumas delas não deixarão marcas eternas.

Há pessoas que tentam se esconder atrás do tempo,
acham que ele só faz esquecer, mofando os baús e criando teias.
Mas o tempo não é um esconderijo
e tampouco só uma fonte de podridão.
Do mesmo galho que caiu uma folha seca, nascerá um broto novo.
E independente do quão profundo esteja enterrada uma semente,
com o tempo ela sairá debaixo da terra.

O tempo seca os rios,
floresce desertos,
desmancha montanhas.
E como tudo ao nosso redor,
podemos decidir o que fazer com ele.

O tempo que amolece o coração de uns
é o mesmo que endurece de outros.

Há os que correm atrás do tempo,
há os que tentam fugir dele
(ambos são fracassados,
porque o tempo não pára
e nem volta atrás)

Alguns vêem num passado triste a origem de todas as suas desgraças;
outros vêem no mesmo passado a fonte da sua força:
Eles não aprendem a simplesmente conviver com suas cicatrizes,
mas a tirar proveito das grandes lições que vieram com essas marcas.
(As Chagas de Cristo são o exemplo perfeito:
o sofrimento dEle não foi em vão,
Suas Marcas não são demonstração de dor,
mas de Amor, de superação.)

Mas passado é passado.

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente."
Soren Kierkegaard

Enfim, resumindo:
o tempo é um ótimo professor,
se o aluno quiser aprender.

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