quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Falando sobre FÉ

Antes de qualquer comentário: não, não sou evangélica. Minha Fé vai muito além de religiões impostas pelo grupo familiar ou pela sociedade, ou pela cultura imposta desde os meus antepassados e os antepassados deles. Minha Fé é baseada na minha experiência com Deus. Posso ter tido influência, mas não sou devota a santos, nem a padres(apesar de admirar a devoçao duns e outros), nem a pastores, só a DEUS!

Por que estou dizendo tudo isso? Simples: estou com vontade de Louvá-Lo,
então aí vai o meu louvor:

Que a minha vida seja a Teus propósitos,
que a Tua vontade seja o meu destino,
que minhas ações sejam pra Honra e Glória do Teu Nome.

Que a Tua Força comande meus passos,
que a Tua Bênção seja meu alimento,
que a minha missão seja Servir sempre a Ti!

Que meus pensamentos sejam guiados pela Tua Unção,
que meus sentimentos estejam a comando do Teu Espírito,
pois NADA me completa como a Tua Presença em mim.

Quem tem FÉ, não tem dúvida.
Quem AMA a DEUS não sente ódio por humano nenhum.
E quem é verdadeiramente DEVOTO nunca poderá ser hipócrita.
E onde DEUS habita, não há espaço para orgulho,
nem maledicência, nem ódio, nem mentiras,
e nem pecados.

Amém.


Sabe, se tem uma coisa que me enoja em várias religiões, é a hipocrisia de
uma parte dos fiéis.

Exemplo: o cara tá "tão atento" à mensagem do pastor que consegue lembrar
de UMA PIADA e rir no meio do culto!

Exemplo²: no meio do culto...
_Hei! Você viu o último capítulo da novela?
_Nossa, cara: muito massa! Tô doido pra sair e ir direto ver o de hoje!

Exemplo³, pra acabar: faltar ao culto pra assistir BIG BROTHER!
É o fim!

Por isso eu não frequento igreja. Conversar a sós com Deus eu já converso
diariamente, na minha casa, no ônibus... Igreja é local pra compartilhar
experiências SOBRE DEUS, pq pra falar de outras coisas nós temos todas as
outras horas e locais do dia.

Então pra que escolher conversar sobre, por exemplo, futebol bem quando tá
na Igreja??Descansa a língua, meu! Fala de Deus, fala de Fé...

Outra maldita hipocrisia é o "religioso só da igreja pra dentro"... nem
vou comentar esse aí, que todos conhecem e até demais, né?

E tem uma coisa q eu queria ensinar:
NUNCA - repetindo - NUNCA engula seu orgulho!
(como?)
É isso mesmo, nunca ENGULA seu orgulho, porque o que a gente engole fica crescendo dentro da gente, e Espírito não é depósito de porcarias.

Minha solução?
COSPE FORA!!!
Funciona! Por experiência própria!

É essa minha mensagem de hoje.
Deus esteja convosco!!!
E pra finalizar: Religião se discute SIM!!!

Amém?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Corrida do Chapéu

(escrito em abril de 2007, na aula de Língua Portuguesa, com a simples premissa de possuir obrigatoriamente as palavras vovó, chapeuzinho, lobo, helicóptero e biquíni. Vamo vê no que deu...)

Vovó Madá corria pelo parque em pleno dia de chuva. Subiu as escadas aos saltos, atropelou três pipoqueiros, tropeçou numa latinha de Coca-cola light, atravessou a rua cambaleando e caiu na fonte da praça Osório. Um bêbado que passava pelo local – e que era amigo de Madá – foi até a anciã para ajudá-la a se levantar: na primeira tentativa, ele a puxou com tanta força que acabou pendendo para trás; para impedir que o bêbado caísse, ela puxou seu pescoço com o cabo do guarda-chuva que carregava, mas acabou deslizando e só não sentou-se novamente na água porque seu amigo segurou o cabo do guarda-chuva. E assim sucedeu-se a gangorra antiqueda até a força da mulher ser maior que a do bêbado e ambos se espatifarem dentro da fonte.

Passados alguns instantes, vovó Madá e seu amigo – que era conhecido como Lobo pelos longos cabelos cinzentos e as pernas finas – conseguiram se levantar, encharcados; Lobo então perguntou à anciã para onde ela ia com tanta pressa.

_É aquele maldito Helicóptero! – respondeu Madá, ainda ofegante e com muita raiva.
_Está falando do cachorro? – exclamou em tom duvidoso o bêbado, que teve sua confirmação imediatamente, com o ranger dos dentes da vovó.

O cachorro a quem eles se referiam era um vira-lata que a vizinha de Madá havia achado na rua e levado para criar. Chamava-se Hélio e era apelidado de Helicóptero por causa do movimento rápido e circular de sua cauda; era muito rebelde e pulava com facilidade a muretinha que dividia os terrenos de sua dona e os de dona Madá, sempre estragando as flores e roubando as roupas do varal da anciã – como no dia em que fugiu da casa levando a peça de cima de um de seus biquínis xadrez. Agora, ele lhe roubara um objeto que ela julgava o mais precioso de seus bens:

_O chapeuzinho da minha neta! Aquele cafajeste roubou o chapeuzinho que eu fiz ontem para minha neta! – gritava a avó, já se preparando para iniciar uma nova corrida. Lobo então se ofereceu para ajudar a amiga e correr com ela, mas foi deixado para trás no terceiro passo e resolveu ir para outra direção, caminhando larga e lentamente.

A vovó continuou correndo até chegar num ponto de ônibus e embarcar; após algumas conexões, desembarcou e entrou no Passeio Público, andando sorrateira. Um velho que estava passando pelo lugar viu Madá e se aproximou dela tentando puxar conversa; a mulher o ignorou, mas ele continuou seguindo-a até que ela parasse e começasse a gritar com o idoso:
_Você não está vendo que eu estou ocupada? Vá dar cantadas em outra pessoa!
_Está bem – responde o ancião, que puxa a bolsa de dona Madá e sai correndo. Furiosa, a vovó aperta o cachecol, amarra os tênis de corrida e vai em disparada atrás do ladrão, mas como já estava exausta, não consegue alcançá-lo.

Seu Germano, o ladrão, já pensava que havia ganhado a corrida quando levou uma cabeçada forte na barriga e capotou no chão. De súbito, a enorme fera autora da cabeçada pulou sobre seu peito, impedindo que se levantasse: era Helicóptero, o cão da vizinha de dona Madá, babando incessantemente no rosto do criminoso.

Madá chegou até os dois, pegou sua bolsa, chutou os rins do idoso e lançou um olhar condenador para o cachorro, que começava a chorar baixo, como quem implorasse por misericórdia. A avó continuou com a mesma expressão, agora com as mãos na cintura. Hélio, vendo que estava sem saída, chegou perto de uma árvore e latiu forte duas vezes; de súbito, o chapeuzinho de dona Madá caiu de cima da árvore e ela pôde pegá-lo.

_Nossa, Madá! Você é genial! – dizia uma voz bêbada próxima à anciã: era seu velho amigo Lobo, que de alguma forma chegou ali a tempo de ver o espetáculo dela e dos outros dois patetas. E ele continuou:
_Mas como você sabia que o Hélio viria até aqui com o chapéu?
Madá guardou seu prêmio na bolsa e explicou:
_Ah, esse cachorro é um danado: desde que fez amizade com uma macaca daqui, sempre leva meus chapéus pra ela...
_Então foi isso que aconteceu com o seu biquíni?
_Que nada! O biquíni ele deu pro pelicano...
_E o cachecol?
_Para os papagaios – então ela resolveu mudar de assunto – Mas e você, que faz aqui?

Lobo olha em volta, meio acanhado; depois de uma pausa, responde:
_Bom, eu ia vender isso aqui – foi tirando de dentro da jaqueta o guarda-chuva de Madá – mas como eu não quero acabar como o seu Germano, eu te devolvo – terminou, estendendo o objeto para a vovó. Ela agradeceu ao amigo com um sorriso malicioso, já que o conhecia muito bem e sabia do que ele era capaz.

Porém, quando tudo parecia ter se restabelecido, Helicóptero pula na direção do bêbado, agarra o guarda-chuva e sai em disparada. Madá, assustada, exprime um rosnado e prepara novamente os tênis de corrida.
_Pra qual animal do Passeio Público ele vai levar o guarda-chuva?- perguntou Lobo, ainda espantado com o que acabara de acontecer.
_Que Passeio Público, que nada! – dizia a avó enquanto terminava de arrumar o cachecol – O guarda-chuva ele joga lá para os peixes do Jardim Botânico!

Madá saiu a jato e Lobo foi logo atrás, resmungando:
_E lá vamos nós outra vez...

Depois que eles saíram, a paz e o sossego voltaram ao Passeio Público: as pessoas andavam tranquilas, os macacos pulavam felizes em suas árvores – cada um trajando um chapéu de cor diferente – e uma linda borboleta pousou sobre o nariz do velho Germano, que se encontrava esparramado no chão, observando o céu azul...
_Ei! Alguém poderia me levantar?

sábado, 21 de novembro de 2009

MÁSCARAS

(poema escrito em Agosto de 2007)

Em casa, morador
Na escola, estudante
Na empresa, empregado
Cliente ao restaurante.

A cada instante, em cada lugar
Ele é um, ele é outro
Mudando de máscaras sem cessar...

Pra reclamar, tem que ser grande e grosso
Pra namorar, só gentil, lindo e charmoso
E entrar sem pagar, só se for famoso.

No trânsito, mal-educado
Diante da esposa, amor
Na igreja, pequeno e humilde
No bar, bom falador
Pro filho, desconhecido
Diante de todos, ator.

Ao fim de seu dia ele chega
Exausto e cheio de dor
Tirando sapatos e terno
E pondo a roupa de casa
Olhando diante do espelho
Resolve tirar todas as máscaras.

Ele não é lindo e charmoso
Tampouco humilde ou orgulhoso
Não é gentil, nem mal-educado
Nem desconhecido e nem famoso
Nem estudante, nem empregado
Nem grande e nem pequeno
Ou cliente, ou vendedor.

Não ajuda, não atrapalha
Nunca foge, nunca batalha
Não deita, não dorme
Nem fala e nem se cala
Não corre, não anda
Não come, não bebe
Não ama...

Ao tirar todas as máscaras
Em seu rosto não vê mais rosto
Não há vida e sequer emoção
E se não há cara, não há coração.

De tantos disfarces que fez
De si mesmo nada sobrou
Em seu rosto, uma folha em branco
Boneco sem alma e com mil faces falsas
Que sabe ser tudo e ser todos
Menos ser de verdade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Minha Confissão

Levei muito tempo pra entender
O que era tão simples
Porque qualquer um podia ver
Só não via quem não quisesse crer.

E eu quis
Eu orei
Eu pedi
E eu ouvi
Ouvi essa voz de dentro da minh'alma
Eu não entendi de começo
Mas ela ficava cada vez mais forte
Ele queria me dizer
e eu queria mas não conseguia escutar
Mas eu pedi
E Ele atendeu
E eu entendi.

Mas como eu demorei,
eu demorei demais
eu fui infiel
cega
surda
e tola.

E ele cantou pra mim
mais de um milhão de vezes
e por fim eu entendi
o céu se abriu enfim...

Entendi que render-se a Ti é render-se do início ao fim
Entendi que não existe meia-fé
mesmo que aqui nós nunca consigamos saber a Verdade inteira.

Ó Pai, cantaste pra mim por toda a minha vida
e só agora pude ouvi-lo
por que tão tarde?
por que fui tão cega, tão rude
infiel?

Que venha quem vier
a atacar minha Fé
e nada terá
porque nada pode vencer a um servo de Deus!

Glórias a Ti
Sempre a Ti
Só a Ti
Só por Ti.

E agora eu posso vê-Lo
E só agora posso realmente vê-Lo
E a partir de agora nunca mais temerei
nunca mais duvidarei
e nada em meu coração habitará
sem ser pra honra e glória
do Teu Nome

Agora eu entendo
a Verdadeira Fé
Por que tão tarde?
Por minha culpa
Mas eu entendi.

Quero lutar por Ti
Quero conhecer-te ainda mais
Quero estar conTigo
Quero que sempre habite em mim
Que Tua Presença cresça
e se Renove
dentro do meu ser.

Derrama Tua unção
dai-me humildade,
humildade,
humildade!
Humildade...
HUMILDADE.
Hu-Mil-Da-De
hUmIlDaDe
HuMiLdAdE
hummmiiiiillllllddddaaaadddeeeee,
HUM!LD@D£
hu-mil-da-de
huuuuuumildade!
H
U
M
I
L
D
A
D
E,
Humildade;

Sabedoria
e Discernimento.

Amém.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vai

Fale. xingue. reclame da vida.
continue sendo o mesmo idiota,
justificando seus erros pelos dos outros,
como se uma coisa compensasse outra.

Continue mentindo, continue enganando.
continue maldizendo tudo aquilo que tanto quer
e por isso nunca vai ter.

Continue sem admitir que você é fraco,
fraco demais pra dizer que errou e está errado.
fraco demais pra admitir que seu destino é culpa sua.



Maldiga seus pés,
que te permitem correr e cair.
maldiga seus filhos
que herdaram seus genes,
mas não sua revolta ridícula contra tudo e contra todos.

Continue com tua inveja que te atormenta,
tuas neuroses que te enraivessem,
teu rancor que te corrói a alma.

Continue atraindo energias negativas
com tua boca
suja
e teus atos sem sentido.

Continue sendo cega e continue a morrer,
enquanto eu ainda me mato pra tentar te entender.
Por favor,
Pára de se matar!

Pára de representar seus monstros internos
na figura de quem tenta te ajudar.
espera mais um pouco,
tenha mais um pouco de Fé...


Eu sei que muitas vezes tou errada.
eu sei que pareço demorar demais.
espera que essa tempestade passa,
tem Alguém do nosso lado e Ele vai ajudar.

E eu vou ajudar também.
Eu te amo. Eu moro com você.
E você mora aqui dentro,
criança...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Noite

Pensando demais,
pensando demais,
pensando demais em tudo e no todo - parei.

Respiro. Penso. Deito. Descanso.

Inerte e em silêncio,
inerte e sem peso,
não estou mais aqui - voei.

Voei. Atravessei as paredes do quarto,
vi o som das árvores lá fora,
ouvi o cheiro do mar
na imensidão de um deserto sem fim,
dentro da alma
que minha não é.

Da alma humana e tola
que por não crer se acha forte,
por não ver pensa que nada mais existe
além da mera
sombra
de realidade
que seus simplórios olhos conseguem contemplar.

Triste constato, meu corpo chama.
eu volto e relaxo,
deitada na cama - dormi.
e acordei.

domingo, 15 de novembro de 2009

(mais) Um Novo Começo

Como sempre deve ser: uma experimentação.
Se der certo dessa vez, ficarei satisfeita.
Tentando refinar um pouco mais o conteúdo, a forma(não: a forma já era bem refinada antes mesmo), o layout, sem malditos adsenses(não to afim de poluir um blog com propagandas inúteis e fúteis), mas não sem um pouquinho de ironia, de humor negro e, por que não, uns pastelões esporádicos.

Como a Fênix, lá vou eu a nascer das cinzas mais uma vez... Torçam por mim!