sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Oco Eco

Eu fecho,
eu abro.
Eu fecho,
eu abro.
Eu fecho e
abro. Janelas.

Janelas sem portas
em contínuo e sem resposta - alô?

No eco meus sonhos
Meus ventos
Talentos
Eu penso e não sustento
o remendo
endo
endo...

Ela não vem como vento
Não surge, não pula
eu não entendo!

Mas quando saio, aí ela vem:
danada.
Ah! Eu não sei de mais nada.

Ideias, ideias
no sussurrar da madrugada
teus sonhos, teus cantos
inspiração desmiolada!

E enquanto isso em ecos surdos
e eu surtando
e tudo mudo.
Dentro de mim nem o vento sopra
ideias
histórias
nem novas, nem velhas

É fim de noite
Contemple as páginas em branco
Quem dera estivessem cheias de tudo o que pensei durante o dia;
mas não - se foi
nem vi a hora de partida

Quer saber?
É a vida.
Contemplarei de novo a tela branca
E novamente
tentarei
regurgitar pequenos trechos da história
que mal comecei.

Fui!